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Código: 814
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Vinho Pera Manca Tinto 750 ml.
Safra 2015.
Cor granada. Complexo a passas de frutas e essências das madeiras de estágio, fruto maduro muito elegante.
Encorpado, com certa frescura e um aveludado em harmonia com os taninos.
Este vinho, embora possa ser consumido desde já, apresenta potencial para envelhecer.
Observações: As castas são provenientes de vinhas com mais de 25 anos, de talhões selecionados, em anos nos quais a maturação ocorre suavemente, mantendo as potencialidades aromáticase de extrato próprio doas castas.
Estagia 18 meses em tonéis de madeiras com mais de 50 anos e capacidade de 3.000 litros, seguida de estágio em garrafas, nas caves do Convento da Cartuxa.
O Vinho que descobriu o Brasil.
Quem conhece um pouco de vinho talvez já tenha ouvido falar do tinto português Pêra-Manca.
A fama se deve um pouco ao nome insólito – que significa pedra manca, ou oscilante, e é uma característica de uma formação granítica de blocos arredondados soltos sobre uma rocha firme (muita gente boa achava que era um defeito na pata do cavalo do rótulo…) -, outro tanto pela tradição, já que seria este o vinho trazido pela nau de Pedro Álvares Cabral.
A verdade é que a fama do vinho se deve à soma das curiosidades anteriores aliada a alta qualidade da bebida. No primeiro teste em terras brasileiras, o vinho não foi lá um sucesso.
No relato de sete folhas enviado por Pero Vaz de Caminha com suas primeiras impressões desta terra, os primeiros críticos – aquele povo que “andava nu, sem nenhuma cobertura” – detestaram o Pêra-Manca de antanho, como se lê na reprodução do trecho da carta que abre este post.
O Pêra-Manca é herdeiro de uma marca reconhecida desde a idade média, que teve seu apogeu no século XIX, a extinção no começo do século XX pela praga da filoxera e por fim o renascimento em grande estilo, em 1990, quando a Fundação Eugénio de Almeida passou a adotar o nome no rótulo de seus vinho mais importante.
Para ficar mais claro, o rubro e o branco que é o tema da coluna de hoje tem apenas 19 anos, somente nove safras lançadas, a primeira em 1990, mas não se exime de exibir sua rica história para justificar ainda mais sua posição de vinho ícone do Alentejo, com uma forte presença em terras brasileiras.
Rótulo mais “moderno” Outra característica marcante do vinho, que eu achava sensacional, era o rótulo colorido, meio kitsh, que foi modernizado e simplificado, buscando, segundo a empresa “uma imagem intemporal que garantisse uma constante leitura contemporânea”, seja lá o que isso signifique.
Para mim ficou mais sem graça e menos característico, só isso. Na imagem acima as etiquetas de 2001 e 2003 e as mudanças.
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